Não foi estabelecida uma data de introdução da raça Holandesa no Brasil. Paulino Cavalcanti (1935) cita que "segundo os dados históricos, referentes à nossa colonização, presume-se que o gado Holandês foi trazido nos anos de 1530 a 1535, período no qual o Brasil foi dividido em capitanias hereditárias".


A primeira Associação de Criadores de Bovinos no Brasil e também o primeiro Serviço de Controle Genealógico (Herd-Book) foi do Raça Holandesa.


O Herd-Book começou a funcionar em 1935, com o macho "Colombo St. Maria" de Francisco Lampréia, RJ. e "Campineira", de Vicente Giaccaglini, SP.


Até o início de 1980, o Brasil foi considerado detentor do maior rebanho mundial de HVB (Holandês Vermelho Branco), mas o efetivo foi decrescendo, ano após ano, por falta de disponibilidade de reprodutores VB (Vermelho Branco) com provas genéticas comprovadas e também pela não aceitação das coberturas de vacas VB por touros PB (Preto Branco).


A abertura para uso de reprodutores PB sobre vacas VB somente aconteceu por volta de 1984, desde que o reprodutor fosse portador de gene recessivo vermelho para pelagem VB.


No ano 2.000

 

Foram computados 53.529 novos registros genealógicos.

Foram classificados 7.399 animais, classificação fenótipo.


A média Brasileira de Produção Leiteira da Raça Holandesa em duas (2) ordenhas em 305 dias foi de 8.047 kg na idade adulta.


No ano 2.010

 

Foram computados 51.102 novos registros genealógicos.

Foram classificados 9.205 animais, classificação fenótipo.

   

A média Brasileira de Produção Leiteira da Raça Holandesa em duas (2) ordenhas em 305 dias foi de 9.383 kg na idade adulta.


No ano 2.011 (última estatística)

 

Foram computados 52.260 novos registros genealógicos, sendo 48.256 (92,3%) de animais PUROS.

Foram classificados 10.543 animais, classificação fenótipo.


Total de Rebanhos (fazendas) em Controle Leiteiro de 767.

Total de animais controlados 46.235.

A média Brasileira de Produção Leiteira da Raça Holandesa em duas (2) ordenhas em 305 dias foi de 9.446 kg na idade adulta.


INÍCIO DO HERD BOOK:


* Setembro de 1935 quando foram registrados 62 animais no mês;

* O primeiro animal macho registrado foi: Colombo Stª Maria 28 meses de idade.

* Recebeu o n° HBB/A-01.

* Proprietário: Sr. Francisco Lampréia /Petropolis- RJ

* O registro de fêmeas iniciou-se em Maio de 1936;

* A primeira fêmea registrada foi: Campineira

* Recebeu o n° HBB/D-01

* Proprietário: Sr. Vicente Giaccaglini São Caetano/Araras-SP.


O PADRÃO DA RAÇA E AS CARACTERÍSTICAS:


DESCRIÇÃO DO FENÓTIPO:


* Malhadas de preto-branco ou vermelho-branco; ventre e vassoura da cauda branca; barbela e umbigueira pouco pronunciado, tamanho da vulva discreta e não pregueada; animal não totalmente preto e nem totalmente branco.


* Cabeça bem moldada, altivo, fronte ampla e moderadamente côncava, chanfro reto, focinho amplo com narinas bem abertas, mandíbulas fortes que exprimem o estilo imponente e vivacidade própria da Raça;


* Pescoço longo e delgado que se une suavemente na linha superior ao ombro refinado e cruz angulosa e as vértebras dorsais que se sobressaem e inferiormente ao largo peito com grande capacidade circulatório e respiratório;

* Dorso reto, forte e linha lombo-dorsal levemente ascendente no sentido da cabeça;


* Garupa comprida, larga e ligeiramente desnivelada no sentido quadril a ponta da nádega;


* Coxas retas, delgadas e ligeiramente côncavas, bem separadas entre si, cedendo amplo lugar para o úbere simétrico, largura e profundidade moderado e fortemente inserido ao abdômen e na base do osso da bacia;


* Pernas com ossatura limpa, chata e de movimentos funcionais que termina em patas de quartelas fortes e cascos bem torneados;


* Pele fina e pregueada e pêlo fino e macio


· REPRODUÇÃO:


* Idade para a primeira cobertura: 16 a 18 meses;

* Idade para o primeiro parto: 25 a 27 meses;

* Duração da gestação: 261 dias a 293 dias (média de 280 dias);

* Intervalo entre partos: 15 a 17 meses;


CRUZAMENTOS:


Os principais cruzamentos são com a raça Gir, formando o Girolando, e com o Guzerá, formando o Guzolando (ou Guzerando), ambos com livro de Registro Genealógico.

Desde 1991, todo o gado holandês é registrado desde o nascimento. A pecuária de gado holandês para carne, com novilhos precoces, caminha aceleradamente desde a década de 1970. Já na década de 1980 foi estabelecido um programa alternativo de cruzamentos com raças especializadas de corte, destacando-se o Charolês, o Limousin, o Piemontês, o Bleu - Blanc Belge, e outras, para incrementar o rendimento de carne, promovendo o surgimento de linhagens de melhor rendimento no abate. Esta é a grande novidade científica da virada do milênio, que pode revolucionar a pecuária mundial. Assim como o Holandês revolucionou a pecuária leiteira, essa alternativa "carne leite" pode provocar uma segunda revolução.

A origem da raça Holandesa no Brasil

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